17.3.09

A invenção do elástico e outras viagens

Há invenções que são autênticos ovos de colombo. O elástico terá sido uma delas. Hoje passam-nos pelas mãos, passam pelo cabelo das senhoras, pelas nossas peças de roupa até mais íntimas, estão em todo o lado e não lhes ligamos nenhuma. Um pouco como o Augusto Santos Silva, vistas bem as coisas. Dada a importância e o enraizamento deste objecto nas nossas actividades quotidianas, poderíamos supor que nos tivesse acompanhado desde o tempo do Dom Afonso Henriques (sobre quem Manuel Alegre terá dito não ser um democrata exemplar, para justificar a anuência à recepção ao democrata José Eduardo dos Santos). Mas não, o elástico é uma revelação recente. Começou a ser descoberta em 1820, andavam os portugueses em contendas entre liberais e absolutistas, andava o Brasil a ensaiar o "Grito do Ipiranga", e lá, por Inglaterra, onde o progresso se tecia ao ritmo da máquina a vapor (que por cá tardava), o senhor Thomas Hancock inventava o elástico. Não na forma que hoje nos é familiar, mas um predecessor do que alguns anos mais tarde viria a resultar na formalização e na comercialização da ideia. Foi o britânico Stephen Perry quem patenteou o invento, abriu a primeira fábrica, e ficou com o lucro da coisa. Num dia 17 de Março, como hoje, só que há 164 anos, em 1845.

(Não confundir Stephen Perry, inventor do elástico, com Steve Perry - 'Esteves Pereira' - mítico vocalista dos não menos míticos Journey, de ascendência picoense, que fez furor internacional em finais da década de 70 e inícios de 80. Eles, os Journey, ainda por aí andam lançando cartas, desde há pouco tempo com uma nova voz, de um tipo filipino, que apresenta um timbre bastante semelhante ao de Steve Perry. E viva a globalização!)

1 comentários:

Anónimo disse...

assim é que é , saber a teoria das coisas porque as coisas não caiem do céu :P