13.3.10

O poliglotismo de Castanheira Barros

A performance deste putativo challenger no congresso do PSD mais parecia um daqueles freak shows de stand-up comedy que não roubam gargalhadas, antes antecipam bocejos e põem congressistas às cabeçadas no vazio: um flop.

Castanheira Barros quis mostrar que está aí para as curvas; e se o outro tratava todos os líderes europeus por Tu ("you") e o outro hablava español en las hueras, Castanheira Barros mostrou que tem um plano, que, pelo que se depreende, passa por reproduzir em todas as línguas do mundo a expressão: "eu tenho um projecto, I have a project, j'ai un plan, tengo un plano".

Pena foi que borrasse a pintura ("defecate over the painting") quando lembrou que é preciso mudar o status quo... Ooooh, Uncle Castanheira, então o meu amigo confunde o Latim macarrónico que se fala aí pela Alta de Coimbra e esquece-se que a forma correcta é statu quo!? Dirá que um S não faz a diferença, mas olhe que faz: hame on you, Mister Clays!

(P.S. Alguém avise o Aguiar Branco ("Driving the White") que decibéis não conquistam votos; é que este Major Valentim Style transmite a ideia de que está irritado com ele próprio e furioso com as propostas que tem para apresentar. Fuck-se!)

2 comentários:

CASTANHEIRA BARROS disse...

Obrigado pela correcção .
Estou sempre pronto a aprender .
Statu quo e não status quo é claro .
Longe vai o tempo em que tive 19 a Latim no exame de aptidão à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra .

Bruno disse...

O status quo ganhou primazia pela influência do inglês, tantas vezes repetido acabou por sedimentar. Mas a forma correcta é mesmo statu quo.

Obrigado pelo comentário.