A Inveja é um dos sete pecados mortais, embora ninguém se conheça até hoje que tenha assumido que passou para o outro lado à conta de malfeitorias provocadas pela inveja. Ainda assim, existe quem viva com ela, digerindo sapos e pipocas, a muito custo e em sucessivas manobras de sobrevivência, gente à qual bem devemos louvar o esforço.
Também no Grande Primo, a inveja é motivo recorrente de caras feias e olhares sisudos. Um sentimento devoto da impotência para subir pelas escadas rolantes até níveis onde outros chegaram à conta quer do esforço braçal, do carácter, ou da capacidade intelectual.
Pipoca é porventura a mais invejada dentro da casa. É mais do que isso. É a mais invejada de Portugal.
E para que os invejados sobrevivam, é preciso que os invejosos lancem milho ao sentimento. O mais invejoso da casa é, sem dúvida, o Comendador (es)Feéhrico, que segue na peugada do sucesso pipoqueano, sem no entanto atingir sequer os níveis de uma amostra de semente de milho transgénico.
Invejou, quando Pipoca escreveu uma peça de teatro que deveria ser representada pelos habitantes da casa e exigiu escrever ele próprio um texto original: resultou O Capuchinho Infravermelho, um exercício medíocre da arte teatral. Invejou, quando Pipoca foi escolhida como a mais invejada do país. Invejou, quando Pipoca resgatou a atenção de um dos maiores escritores nacionais, daqueles que por acaso até sabem escrever em português. Inveja as viagens dela. Inveja a felicidade pessoal e o sucesso profissional de Pipoca.
Tanto, que depois da crónica de Pipoca, publicada num jornal de tiragem nacional, o (es)Feéhrico roeu-se de inveja. E a câmara indiscreta do Big Pornather estava lá...
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