"Patchuli, borbulhas e brilhantina, sapato bem bicudo e joanetes",
Rui Veloso sobre o (es)Feéhrico
Primeira etapa a norte. Banho de multidão, a purificar os concorrentes da presunção infrene que os assolou ao longo destes últimos meses. Julgavam-se os maiores figurões do mundo, mas na cidade do Porto foram postos na ordem pelas vendedoras do Mercado do Bolhão. O mais simpático que por lá se ouviu foi: "Amores, vocês aqui, meus queridos, só mesmo prá banha da cobra."
(es)Feéhrico não gostou de ouvir a palavra "banha" e agiu como Sócrates em noite eleitoral: amuou e fez o choradinho de quem é uma vítima da conjuntura. Da banca de venda da fruta logo surgiu um clamor: "Moço, não te preocupeis, tu banha só se for de porco e é dentro do juízo!"
Pipoca ficou escandalizada com aquela linguagem e também gostou pouco de escutar a palavra "banha" associada a olhares na sua direcção. Foi vê-la petrificada com a estética disforme dos chanatos usados por aquelas senhoras sem urbanidade. "Bolhão?... Jamé salomé!", desabafou.
MacDonaldo lembrou que aquela é a terra que viu Ilda Figueiredo cimentar o espírito comunista e que por isso o Porto lhe merece todo o respeito. Aqui a revolução triunfou, Ilda ganhou asas e voou.
Mas o grande momento da manhã aconteceu quando o conhecido Emplastro se dirigiu ao grupo de Primões e anunciou: "O meu pai é o MacDonaldo. E a minha mãe é o Comendador (es)Feéhrico!"
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