A delicadeza é efémera, os gestos contundentes, as palavras demoradas. Esquece o instante, perdida no artesanato das letras e engolida na arqueologia da escrita como a vontade de uma personagem que não sabe o trajecto da sua história. Rodeia-se da construção do momento para justificar o erro da memória sem futuro.
O sorriso é órfão. Um filho sem lembrança do passado, à procura de uma herança de futuro. Um cigarro inflamado preso aos seus dedos. E a sabedoria que se esconde por detrás daquela dor incandescente, como quem não ousa revelar e apenas persiste na evidência de um contorno. Assim é Lisboa, paciente, à janela dos dias a ver quando chegam os incertos de Outono. E sempre chegam...
25.9.09
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