26.12.08

Editorial, que é como quem diz: ide-vos todos foder

Por Tudo e Pornada nasceu como um projecto de televisão que se desejava provocasse o choque e a revolução. Em finais de 2007 escrevi o primeiro projecto de guião, para um episódio-piloto a apresentar a alguma produtora ou canal televisivo. Antes, partilhei-o com pessoas familiarizadas com o meio e com experiência na tarefa complexa de idealizar e concretizar o sonho televisivo. E não, não estou a referir-me à Teresa Guilherme...

Teci alguns ajustes no texto, retirei referências explícitas a figuras da nossa cena mediática e algumas passagens susceptíveis de fazer corar até as pedras da calçada. Na primavera de 2008 dirigi-me aos CTT com três cópias debaixo do braço e enviei o guião do episódio zero de Por Tudo e Pornada para a SIC Radical, o único canal que me pareceu poder acolher ideia tão arrojada.

Apesar da insistência, nunca cheguei a obter resposta. Sei que estas coisas em televisão levam o seu tempo, obedecem a critérios que ultrapassam o domínio da qualidade ou potencial de uma ideia. Continuei à espera. Até hoje.

Hoje mesmo, imbuído deste espírito natalício que nos consome sob todas as formas, dou a conhecer esta obra, porque o Natal é Amor, e é só de Amor que se fala Por Tudo e Pornada.

«Desculpem lá qualquer coisinha, mas isto vai doer. Vamos fazer um esforço para que não custe muito, embora seja difícil não considerar esta uma tarefa árdua, dura. Esperemos que seja uma boa abertura. Como convém, aliás.»

Harold Pinter, in O Estratagema de Amor

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