31.7.10

1 de Agosto de 2000

O dia em que eu vi o macaréu no Bramaputra.

15.7.10

Venha o Toy e cante aquela do "perdidamente apaixonada"...

E pronto, a Coxa Grossa está apaixonada e agora aquele blogue mais faz lembrar um paquiderme estacionado no meio de um campo de cebolas esventradas, acompanhado por um bando de carpideiras mal pagas. Cá por mim, que vejo as coisas do lado do felizão, ele é homem para estar a salivar de contente. É que, em vez de apenas um, este malandro leva para casa dois queixos e um par de coxas grossas. E isso, parecendo que não, é vantagem não despicienda.

E não estranheis esta incursão em ministério alheio, é que, aqueles que se entretêm a esmiuçar o ridículo do que se contempla na blogosfera, escancaram a porta a que os seus ridículos sejam ibidem esmiuçados e alvo da pública ridicularização. É, pois, este o caso. Tenho dito.

10.7.10

Eu cá não sou de intrigas, mas...

É apenas uma constatação. Nada mais do que isso. Como diria o plagiador-mor'do reino da blogosfera (o Fehrtagus da Conspiração Roufehna), "isto é factos". É que a nossa amiga Pipoca demonstra ter uma espécie de toque de Midas, tudo aquilo em que se envolve acaba por se desmoronar: "A Capital" (fechou); "Rádio Clube Português" (vai fechar no Domingo); "24 Horas" (fechou); "Playboy" (vai fechar). A próxima é a "Time Out". Eu cá não sou de intrigas, "isto é factos", como diria o plagiador Fehr, e "contra factos não à argumentos", prosseguiria ele, convencido da sua habilidade no domínio da gramática, sintaxe e ortografia.

12.5.10

E se...

Foi uma pena o Benfica não ter chegado à final da Liga Europa. Se tivesse conseguido, teríamos uma noite de 12 de Maio abençoada com a procissão das velas e em simultâneo com o jogo da final da Liga Europa a decorrer em Hamburgo. O que me põe a pensar em como seriam estabelecidas as prioridades dos fiéis de cada congregação e dos responsáveis das estações televisivas.

10.5.10

Kitty Coxa Grossa procura marido

E não é que a Kitty da Coxa Grossa anda desesperadamente à procura do aconchego de um João Ratão! Cansada de estar sozinha, abandonada à sua sorte, a Coxa Grossa mais famosa do país decidiu pôr mãos à obra e partir em busca do Príncipe Encantado. Porque ela acredita que ele existe. Ou, para sermos mais precisos, ela está à espera que o PE lhe vá parar à caixa de correio electrónico.

A manigância é simples, a Kitty da Coxa Grossa pede a rapazes solteiros e a jovens casadoiras que enviem os seus dados, uma fotografia, e o tipo de parceiro que procuram. A Kitty fará a selecção respeitando os seguintes critérios: os machos que se adequem ao gosto refinado da Coxa Avultada serão catrapiscados pela própria para eventual avaliação e envolvimento carnal; os outros, que não agradem ao paladar coxagrosseano, serão deixados para emparelhamento com candidatas compatíveis.

Digam lá que não é um desafio de deixar empinado qualquer palito ao canto da boca!

20.4.10

Wafers for condoms

Esta gente reinadia promete animar a visita do Tio Ratz a Portugal com a distribuição de preservativos durante a missa que ele vai celebrar no Terreiro do Paço, em Lisboa. Por enquanto, estão à procura de voluntários maiores de idade que se disponibilizem para fazer a entrega, ficando por explicar como vai processar-se a distribuição das borrachinhas ao Sumo Pontífice e ao séquito que o acompanha.

Proponho a adopção, não de uma criancinha, mas de um sistema de trocas justas, para que comungar não seja apenas pô-la na boca em silêncio, evitando trincar ou engolir desalmadamente. Se as Nações Unidas foram capazes de agilizar para o Iraque um programa de petróleo por comida (Oil for Food Program), não estou a ver porque não há-de ser possível reiventar a ideia e transformá-la num conceito de Hóstias por Preservativos bem mais ao jeito daquele povo de sotaina trajado.

Compreendo a boa vontade das associações de combate à Sida, mas convém lembrar-lhes que há pouco mais de um ano este mesmo Papa disse que o problema da infecção pelo VIH não se combate com o recurso ao preservativo, acrescentando que o preservativo só agrava o problema da Sida.

Se não é com vinagre que se apanham moscas, também não é com preservativos que se apanham Papas, até porque, a fazer fé no que se ouve pela Cúria Romana, essas são ferramentas que eles dispensam na hora de comungar.

Isto promete...

O Paulo Sérgio ainda nem é treinador do Sporting e já começou a falar de si mesmo na terceira pessoa.

17.4.10

Pergunta da treta

Se a Madeira tem uma Festa da Flor, porque é que não tem também uma Festa do Professor Marcelo?

16.4.10

Henrique Garcia

Ele deve andar todo vaidoso. É que é provavelmente o único jornalista português capaz de dizer sem se engasgar o nome do vulcão Eyjafallajokull. E deve andar orgulhoso também porque é o único jornalista português que da parte da manhã pode ser ministro das obras públicas e à tarde dar as notícias na TVI24 sem que ninguém desconfie que são uma e a mesma pessoa.

9.4.10

Fab 4

«We're more popular than Jesus Christ now»

7.4.10

Peões de brega do comentário político

Do mesmo modo que as coquetes da blogosfera deveriam assumir quando estão a dar voz a campanhas publicitárias (de telemóveis, sapatos, produtos de beleza), também os jornalistas que fazem comentário político na televisão deveriam trazer pendurado ao peito um crachá com a indicação do partido que os arregimenta.

É que, fazer passar uma aparência de neutralidade pelo estatuto que se ostenta, é tudo menos transparente e é pouco saudável para a democracia.

O crachá é a solução. Para broche, broche e meio.

6.4.10

Fátima, futebol e... perfeito coração

Mas bonito mesmo era ter o Benfica a jogar a final da Liga Europa na noite de 12 de Maio e ao mesmo tempo o Papa Ratzinger a pregar sermões em Fátima durante a procissão das velas.

Como ficariam os fiéis, derretendo estearinas ao vento numa das mãos, agarrando transístores roucos na outra... E como seriam estabelecidas as prioridades informativas de estações de rádio e canais televisivos? Imaginemos, no auge da cerimónia, quando a Virgem sai para passear entre a maralha, o Cardozo marca um penalti tomahawk ao de Gea e o Benfica salta para a frente do marcador! E se, para completar o ramalhete, o espírito de Amália se erguesse da laje do Panteão e a fadista ressuscitasse de braços abertos entoado o estribilho de Gaivota, segundo a reinvenção de Nuno Gonçalves?

Estará o país preparado para tais cenários, principalmente para este último?

4.4.10

A bilha do FCP

O que eu me rio deste disfemismo barbárico aduzido pelos meninos do jornalI.


O original, se ainda continuar, há-de ser apreciado aqui.

E a fotografia também está muito bem escolhida, perfeitamente ilustrativa de um jogador que venceu um encontro por 4-1 e que por acaso até marcou dois golos, um dos quais de bicicleta.

Haja bilha para isto...

31.3.10

Jornalismo engajado de gajos

Não é estranho que Luís Filipe Vieira tenha sido convidado para uma entrevista televisiva na SIC, e que Luís Filipe Vieira tenha aceitado o convite da SIC aproveitando para anunciar que no dia seguinte começaria a negociar os direitos televisivos dos jogos do Benfica? E não é estranho que um dragão ressabiado como o Miguel Sousa Tavares se tenha mostrado tão cândido na abordagem ao presidente do Benfica?

Senti-me ludibriado por esta entrevista. Ou como diria LFV, senti-me lurdibriado.

Esgotado

28.3.10

O profeta da pila d'aço

Lembram-se deste texto que escrevi em meados de Agosto? Digam lá que não estou feito um autêntico Zandinga!

27.3.10

Falar com os mortos

Perdi algum tempo da minha vida (uns 2 minutos) para ver o novo programa da TVI, apresentado pela Júlia Pinheiro, cujo propósito é pôr os vivos a falar com os mortos. Mas achei estranho que os principais protagonistas do programa, os tais mortos, não abrissem a boca para falar. Quem por eles fala é uma inglesa com voz de chá das 5, o que em meu entender retira grande parte do sentido ao programa. Talvez não fosse descabido artilhar os mortos com um microfone existencial e pô-los a dizer coisas pela própria boca (ou pelo que resta dela).

Sobre o programa, cumpre-me expor mais três rápidas reflexões: uma boa ideia seria convidar o Pedro Passos Coelho e pô-lo em contacto com os líderes que o PSD tem conseguido liquidar nos últimos anos; e já agora, se este programa não é um embuste como penso que é, porque não levam lá o Gonçalo Amaral e não o põem em contacto com a pequena Maddie, para perceber de uma vez por todas aonde pára o corpo da petiza; estou convencido de que a TVI espalhou gases de cebola pelas tubagens do ar condicionado, tal é o festim de lágrimas que vai por aquele estúdio.

A palavra aos mortos. Eles que se as­sumam!

22.3.10

Trocas, baldrocas e apostas

O que lhe vai acontecer é incerto. Se continuará a dar voz a alguns bonecos do Contra, também não é claro. Paulo Gomes, o homem que convictamente trocou o nome ao primeiro-ministro, talvez não entreveja um futuro brilhante na apresentação de cerimónias do Governo, mas o que não levanta dúvidas é que levou a dele avante. O problema é que se a moda das apostas pega, qualquer dia temos os apresentadores de cerimónias oficiais a chamar pelo Presidente Acabado (Regressado) Silva, pelo administrador da Mota-Engil, Jorge Coelhone, ou pelo candidato presidencial, Jaime Trama. Vai uma aposta!?

Já agora, porque é que a Judite Sousa não tem um boneco no Contra-Informação?

19.3.10

Metafísica da bola

E há depois outra coisa que eu não consigo entender na metafísica do futebol. É quando eles abrem a boca para dizer algo como: “a dualidade de critérios [do árbitro] não foi a mesma para as duas equipas”. Como se já não fosse suficientemente complexo tentar resolver equações semânticas que reinventam a expressão aleatória do acaso: “Tivemos sorte, mas foi uma sorte com mérito e qualidade”, pensando eu que sorte se alcançaria com aquele ingrediente essencial... vaca.

Julgo, na minha modesta convicção de racionalista da bola, que, tal como a sorte não pode servir para justificar o mérito e a competência, também não será lícito justificar a sorte como um resultado da qualidade ou do mérito. Menos mal, a minha angústia filológica está a ser compensada por um aspecto importante, é que há uma equipa luso-sul-americana muitíssimo bem encaminhada para ganhar essa competição dos voadores iluminados, a Aero Liga.

16.3.10

Só para deixar claro...

... que o rendimento de milhão e meio de euros auferido no ano de 2009 pelo então administrador da Portugal Telecom, Rui Pedro Soares, daria para:

pagar o Salário Mínimo a alguém a Recibos Verdes durante 280 anos... ou adquirir uma frota de 7 automóveis topo-de-gama Audi Q7, no valor de 200 mil euros cada... ou viver durante dois meses na suite penthouse do Hotel Martinez, em Cannes... ou temperar mais de 150 robalos à la Godinho / Vara... ou almoçar e jantar fora durante mais de 140 anos, com prato principal, bebida e sobremesa incluída (entradas à parte)... ou construir pouco mais de 100 metros de linha ferroviária de alta velocidade, à moda TGV... ou calçar mais de 3000 pares de Louboutins genuínos, de qualidade mediana, embora com imensa classe.

15.3.10

Buscas excêntricas

Ontem tive o privilégio de receber neste espaço um inesperado visitante chegado através de uma pesquisa insólita. Já tinha visto muita coisa, mas não posso deixar de considerar bizarra a procura por algo como "problemas nas agnóides". E mais ainda sabendo-se que nunca neste blogue foi escrito nada sobre esse mistério das agnóides, e o mais próximo que por lá se esteve foi de algo publicado sobre "problemas nas adenóides". Agnóides, confesso, nunca ouvi falar, talvez tenha a ver com adenóides agnósticas, eu sei lá...

14.3.10

A Zeinalbavização da língua

"A PT, ao contrário dos seus concorrentes em Portugal, sempre apostou na portugalidade, sempre apostou na portugalização dos seus conteúdos"

Zeinal Bava, presidente da Comissão Executiva da Portugal Telecom



Criado por Les Canards Libertaires

O problema da vida

"O coração, se pudesse pensar, pararia"
Fernando Pessoa

Por vezes, para compreendermos a vida, é preciso compreendermos a morte. Mas quando compreendemos a morte, reparamos que já é demasiado tarde para tentarmos explicá-la. Escrevi isto a pensar nas pessoas que decidem abandonar a vida porque esta os abandonou, porque não encontraram solução. Se é, ou não, o caminho mais fácil, se é a saída que os mais frágeis escolhem, não sei, nem estou interessado em discutir. Sempre me intrigou, e sempre constituíram para mim um dilema, as razões que levam as pessoas a abeirarem-se dos precipícios da vida e a dar o passo fatal. Que raio de desespero incurável é este que os persegue a ponto de se deixarem morrer?

Não compreendo a nossa surdez, a nossa cegueira, a nossa crueldade, que contribui para empurrar estas pessoas para a beira do tal precipício; como não somos capazes de escutar, como não somos capazes de ver, como não reparamos que por vezes os gritos mudos e cegos e surdos se contorcem mesmo ao nosso lado. E como esticamos até ao limite o elástico da nossa indiferença, e não somos capazes de perceber que estamos tão simplesmente a... matar alguém.

Este texto foi reescrito depois de conhecidos os casos de um aluno e um professor que foram afrontados com o dilema da vida

Second Round

Castanheira Barros e os outros candidatos à presidência do PPD preparam-se para voltar a discursar. E enquanto o Professor vai passeando notas em modo freelance pelos canais televisivos, vou calçar os óculos 3D e deixar a Alice do Tim para outro dia. Amanhã faz sol em Mafra e por via da coisas damos um salto à Ericeira.

13.3.10

O poliglotismo de Castanheira Barros

A performance deste putativo challenger no congresso do PSD mais parecia um daqueles freak shows de stand-up comedy que não roubam gargalhadas, antes antecipam bocejos e põem congressistas às cabeçadas no vazio: um flop.

Castanheira Barros quis mostrar que está aí para as curvas; e se o outro tratava todos os líderes europeus por Tu ("you") e o outro hablava español en las hueras, Castanheira Barros mostrou que tem um plano, que, pelo que se depreende, passa por reproduzir em todas as línguas do mundo a expressão: "eu tenho um projecto, I have a project, j'ai un plan, tengo un plano".

Pena foi que borrasse a pintura ("defecate over the painting") quando lembrou que é preciso mudar o status quo... Ooooh, Uncle Castanheira, então o meu amigo confunde o Latim macarrónico que se fala aí pela Alta de Coimbra e esquece-se que a forma correcta é statu quo!? Dirá que um S não faz a diferença, mas olhe que faz: hame on you, Mister Clays!

(P.S. Alguém avise o Aguiar Branco ("Driving the White") que decibéis não conquistam votos; é que este Major Valentim Style transmite a ideia de que está irritado com ele próprio e furioso com as propostas que tem para apresentar. Fuck-se!)

O país do diz-que-disse

Hoje estava calmamente a almoçar, quando recebi uma mensagem de um amigo a dizer que corria o rumor da morte do Eusébio, num acidente de carro no Brasil. Será escusado dizer que me caiu tudo ao chão. Mas ao que parece, ele continua vivo, vivo da Silva Ferreira.

12.3.10

Rir em causa própria

Fico sempre com um pé atrás em relação àquelas pessoas que não sabem rir de si mesmas, aquelas pessoas enchouriçadas na sua presença, incapazes de cultivar uma visão crítica sobre o seu próprio estado. Só a capacidade de rirmos em causa própria permite que assimilemos a realidade que nos circunda. É um sinal de inteligência.

11.3.10

Sacrifício pessoal

Estou à espera que a SIC Notícias interrompa a entrevista ao Santana Lopes para dar a conferência de imprensa do Jorge Jesus.

Escoicinhemos Marta Leite Castro

A ser verdade o episódio que aqui se transcreve sobre a Marta Leite Castro, é lamentável. Lamentável que haja pessoas capazes de reagir de forma tão vulgar quando se lhes estala o verniz, independentemente do estímulo que haja provocado essa descida ao nível chão. É lamentável e será sempre lamentável, como não o seria se a apresentadora tivesse ido directa ao assunto e espetado um estalo em alguém por se ter sentido ofendida. Era honesto. Ainda que levasse duas de volta para aprender a não ser azémola. Assim, é lamentável. E, lamento dizê-lo, é estúpido.

É que a entidade em causa não é o Zé Maria Pincel, é uma figura pública que entra na casa das pessoas (ainda que as pessoas, como eu, em nada tenham contribuído para qualquer peditório que incluísse a caridade de deixar MLC voltar para casa todos os meses com um salário pago pelo erário público).

Marta Leite Castro, apesar da tenra idade (recém promovida à categoria sobre-30), deveria por isso saber que o seu comportamento está sujeito a um grau de responsabilização superior ao de qualquer anónimo como eu ou tu. Não pode dar o show que dizem ter dado. Quer dizer, poder pode, mas o ar angelical que faz transparecer passa a ser interpretado como sonsice.

Acho particularmente enternecedor este vitupério que MLC terá dirigido contra a jornalista do 24 Horas: “você não vale nada, nem 1000 euros deve ganhar, e nem carteira profissional deve ter, sobretudo tendo partido de alguém que se identifica publicamente como apresentadora, actriz e jornalista, e que, segundo me diz quem está por dentro do métier, não exerce qualquer actividade jornalística e nem é portadora de nenhum título profissional que habilite à prática dessa actividade.

10.3.10

A entdevistadoda da éde-tê-pê

A Judite (de) Sousa é uma jodnalista que eu respeito, podque é a única jodnalista em Podtugal capaz de tdocade os ‘érres’ pelos ‘dês’ sem que pedca com esse cadicato alguma auda de cdedibilidade. Mas não embadco na ilusão advodada pud'uma revista do meio, que a intitula de “jodnalista todo-o-terreno”, até podque não acdedito que haja pud'aí muitos terrenos onde os pezinhos fdágeis da Judite pisem com fidmeza. Essa é, aliás, uma questão que me inquieta, que alguém se sidva de uns saltos cuja pdopodção em relação à altuda do codpo consegue ultdapassade o valode do défice e da taxa de desempdego ao mesmo tempo. Ostensivo e imodal…

Goleada à moda do Porto

É Arsenal, ninguém leva a mal.

9.3.10

Luís Freitas Lobo

Ofereçam-lhe lá um cargo de dirigente, para ver se o homem se cala com os: c'a ganda finta, c'a ganda passe.

O nariz de Sócrates

“Este PEC é tão bom, tão bom, que é impéque.”

Como é que eles fazem isto? O primeiro-ministro chama a imprensa às oito da noite e fala aos súbditos da nação. O tema é sério, é o PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento), uma espécie de Viagra para as contas públicas. Um vinagrete do caralho, digo eu. O chefe do governo disserta então sobre a importância da estabilização do défice e comunica os pontos principais deste PEC: “não vai haver aumento de impostos.” E eu pergunto, como é que eles fazem isto? O primeiro-ministro repete-o até à exaustão: “não vai haver aumento de impostos”, e uma vez mais, “não vai haver aumento de impostos”… e outra ainda, “não vai haver aumento de impostos”“com excepção de uma nova categoria de IRS para pessoas com mais rendimento”. Não vai haver aumento de impostos, mas, afinal… talvez haja um pequenino aumentozinho de impostos, ou algo do género. E eu pergunto, como é que eles fazem isto? Como é que eles conseguem pô-lo com aquela cara de varapau a dizer que não vai haver aumento de impostos, sabendo-se que vão ser reduzidos os limites dos benefícios fiscais para a chamada classe média, ou que os rendimentos colectáveis superiores a 150 mil euros anuais vão ser taxados numa categoria agravada de IRS a 45%. Como é que eles fazem isto? Qual é o truque, pergunto eu? Como é que eles conseguem pôr o primeiro-ministro a dizer uma coisa e simultaneamente a dizer o oposto sem que lhe cresça o nariz. Expliquem-me como conseguem? É que tem de haver marosca…

Privatizar

O governo anuncia um pacote de privatizações de 6 mil milhões de euros para combater o monstro do défice. Correios, aeroportos, electricidade, etc.. Quase tudo o que resta nas mãos do Estado. Menos o serviço de televisão e rádio. Porque é que o governo não aperta os tomates e não privatiza a RTP? Ah, pois é, bebé…

O Dia da Mulher

Não compreendo as condenações ao Dia da Mulher com o argumento de que a celebração da data diminui a mulher ou de que a condição feminina fica fragilizada. Já não há paciência para este jargão. E partindo essas opiniões de mulheres que considero capazes, só posso entendê-las como fruto de uma compreensão do mundo de vistas curtas, encerrada neste rectângulo e sem uma perspectiva global. Não me surpreende, tanto mais que em determinadas matérias somos vorazes na contemplação do próprio umbigo, para percebermos que é o mais bonito de todos (ainda que possamos não ter apreciado mais nenhum).

8.3.10

Avatar, camarada

Avatar e 'vatar, há ir aos Óscares e não ganhar.

Spoiler Alert

Alguém me explica se o Pedro Abrunhosa vai passar pela cerimónia dos Óscares?

7.3.10

Jardim vs Sócrates vs Jesus

Alberto João Jardim aparece na televisão a falar um inglês quase perfeito. Isto tem que se lhe diga, já que o percurso académico de Jardim é conhecido por ser tudo menos primoroso, a que acresce ele pertencer a uma geração com conhecimentos bem mais profundos do dialecto de Mickael Carreira do que do idioma extenuadamente trinado por David Fonseca.

O mesmo não pode ser dito sobre o actual primeiro-ministro, que apresenta um percurso académico tudo menos académico, com distinção em germânicas técnicas, mas sem correspondência nas suas capacidades de expressão, que são risíveis, como bem poderão escutar adiante.

E as de Jorge Jesus? Quando estiver a orientar o Bolton Wanderers sob o patrocínio de uma conhecida chewingum inglesa, como é que ele vai dizer "já estamos em primeiros" ("We are alreadey firstes")?

Je suis inquieté, pá...


6.3.10

A Sílvia Alberto é um must...

... era mandá-la à Eurovisão e deixá-la por lá pregadinha ao palco.

5.3.10

A moderação de comentários explicada às maçãs

O título que antecede e o texto que se segue são vagamente inspirados nestes.

Opiniões conformes com as do autor são publicadas e candidatas a um prodigioso telemóvel Shamechunga Pipi.

Opiniões opostas às do autor são publicadas, mas despertam nos visitantes um interesse diminuto e revelam-se quase sempre uma perda de tempo.

Opiniões que não me apeteça não são publicadas, simplesmente porque não me apetece, ó messa!

O facto deste texto ter sido inspirado por uma publicação da autoria da Pipoca não significa que alimente por ela uma maior admiração do que aquela que tenho pela Kitty. Pensá-lo seria como supor que gosto mais do papá do que da mamã. Gosto de ambos por igual, sendo que a mamã tem uma coxa mais grossa do que o papá, mas em compensação o papá tem mais pêlos no peito do que a mamã. O papá é um carpélios e a mamã trabalha para as Alcatifas Petróleo.

Optei por activar a moderação porque passo longas temporadas ausente de uma rotina que me permita estar atento a todos os comentários, e porque reclamo o direito de não ser o último a conhecer o que escrevem sobre mim. Tenham lá paciência, mas não me parecia justo que o Maradona, que é leitor assíduo embora não o queira reconhecer às maçãs, ficasse a saber antes de mim por um comentador desvairado que a minha progenitora desenvolve uma actividade de cariz liberal não colectada nas finanças mas com domicílio fiscal nas avenidas novas.

O vampirismo e as mulheres periódicas

A praga do vampirismo estendeu-se à blogosfera, e o que o pessoal mais quer é sangue e mulheres periódicas. Eu que o diga, que tenho um blogue com uma média de três visitas diárias (eu, o meu cão, e um conhecido e perigoso plagiador da nossa praça) e que, graças a um inocente comentário e a um posterior texto sobre uma guerra de mulheres com TPM, registo agora uma média de 400 visitas diárias.

E tudo isto de um dia para o outro, enquanto o Sócrates esfregava um olho em Moçambique.

Queridos leitores, sinto-me como um pai babado por testemunhar que a minha criança cresceu e se emancipou: a minha expressão "Kitty da Coxa Grossa" ganhou vida própria e já anda nas bocas do mundo.

Oxalá não engasgue ninguém!

4.3.10

O melhor cego

Ao mesmo tempo que meio-mundo se mostra muito preocupado com louboutins, socas de madeira, telemóveis, malas Carolina Herrera, ou com o ângulo da curvatura das sobrancelhas alheias, há quem consiga surpreender e mostrar que é preciso ter a humildade para saber relativizar quaisquer incapacidades ou limitações. Foi o caso de um concorrente ao Festival da Canção da RTP: "Fisicamente, descrevo-me como interessante".

Por vezes é preciso chegar um cego para nos fazer ver que podemos transformar uma aparente derrota numa aparente vitória.

2.3.10

Considerandos sobre Coxa Grossa

Quando aqui me ocorreu apelidar a estimada autora do blogue O Amor é Um Lugar Estranho com o simpático qualificativo de Kitty da Coxa Grossa (KCG) não fazia ideia do tropel que esta imagem causaria entre as desarvoradas almas que consomem o fúcsia na blogosfera portuguesa.

Só durante o dia de ontem, mais de 400 pessoas acercaram-se deste blogue trazidos pela entusiasmante pesquisa “kitty da coxa grossa”.

Quero aqui ressalvar, em minha defesa e em defesa da própria KCG, que este atributo não enferma de qualquer segundo sentido que vise eventualmente depreciar o carácter da CG em questão. Tanto mais que não tenho o prazer de conhecer dita figura, ou sequer me sinto possuidor de uma autoridade que permita tecer considerandos laterais sobre a personagem K.

O epíteto Kitty da Coxa Grossa nasce de uma visão factual da espessura, volume e densidade da região femoral da dita. É uma análise factual ao pernão em causa, baseada nos exemplos abundantemente dados observar no blogue da KCG.

Acompanhei com interesse e bastante satisfação o esforço argumentativo que tem pautado esta acção de guerrilha entre Pipoca e KCG, com avanços de peões e aberturas escocesas disfarçadas de ataques directos à Dama.

Mas não há bela sem senão, ou seja, não há Pipoca sem KCG, já diria a primeira. A discussão ganha foros de irracionalidade quando o argumentário enfraquece e o pulsar do disparate ultrapassa o mínimo da capacidade de raciocínio. Entra-se no género de argumento infantil e sem sustentação à moda do eu fiz e tu não fizesteS, se tu fizesteS eu também posso fazer ou a pilinha do meu pai é maior do que a da tua mãe. Lamentável. Mas divertido, hélas...

Não posso concordar com referências a eventuais problemas de saúde feitas com o intuito de melindrar ou de aviltar posições discordantes, nem me parece aceitável que tal possa servir de argumento para o que quer que seja, positivo ou negativo, da parte da KCG ou dos seus detractores.

“E há quem decida achincalhar os outros gratuitamente (criando guerras que nunca existiram) em praça pública, recorrendo a todas as armas. Incluam elas troçar do aspecto físico dos outros, assim à laia de crianças quando faltam argumentos para justificar tamanhos actos (caixa de óculos, gordo, feio, dentolas)” (Kitty, in O Amor é Um Lugar Estranho)

Não sei se nesta crítica da KCG se incluem as reflexões e os comentários jocosos tecidos pela própria a propósito das gengivas inflamadas que se avistam nas fotos pré-orgásticas de Clara Pinto Correia.

Não sei se é de sentir nojo, raiva ou pena. O que reconheço é que todos têm telhados de vidro. E que todos insistem em lançar pedras contra telhados alheios, mas poucos estão disponíveis para dar o telhado às pedras.

Este texto só acontece aqui dada a impossibilidade de partilhar a análise no espaço onde ela deveria ser feita, porque lá, no blogue da Kitty da Coxa Grossa, apenas são admitidas opiniões de sentido único, condizente com os da Miss Botifarra do Fórum Almada.

Parafraseando outra alma lusa do hermeneutismo português, expressão que não podia ser mais adequada à situação vertente: "a boca morre pelo peixe".

Homicídio em directo na TV (video)

Este vídeo ilustra o que se escreveu aqui: um crime de lesa-cultura. Atente-se em 1:35



1.3.10

Kitty da coxa grossa

Muita gente por cá tem passado à procura de detalhes sobre a figura da Kitty da Coxa Grossa, à qual aludi no post anterior. Para quem queira aprofundar o assunto, posso garantir que vieram parar ao sítio certo. A KCG de quem se fala é uma das personagens principais de uma novela que fez furor na blogosfera, acessível em vários textos deste blogue, compilados num livrinho catita que agora vos é oferecido. Meninas, meninos, fehrs e cláudios ramos: divirtam-se!

Pipoca versus Kitty

Ora, se as minhas referências sobre a cultura popular permanecem actualizadas, quando aqui se fala em alisamento de cabelo, padrão Burberry "Dona Dolores Style", Almada Fórum e Unhas de Gel, só se pode estar a falar da Kitty da coxa grossa, é o único resultado que o meu software inovador desvenda quando inseridas estas referências em simultâneo. No entanto, acho que não é justo dizer-se que há bloggers a quem andam a rebentar fusíveis, na medida em que muitos nunca os tiveram e mantêm um muito clássico, porém vagaroso, funcionamento a válvulas.

O Arlequim das Cantiguinhas

Ele tem o toque de Midas. Depois de ter escavacado sem contemplações uma música antológica de Ornatos Violeta, desta vez tratou de assassinar com requintes de malvadez outra composição inatingível, "Espalhem a notícia", de Sérgio Godinho. O mal seria menor, não fosse o ar estupefacto do autor da música, com quem era feito o dueto, e do Presidente da República, na primeira fila do Coliseu, à procura de um sítio onde esconder a cremalheira, para não se desmanchar a rir.

Ele chama-se Filipe Pinto e foi eleito o Ídolo de Portugal. A avaliar pelas amostras e pela postura rígida em palco, de quem parece que viu enfiada uma vassoura pelo rabo acima, o Eddie Vedder da Asprela não vai mais longe do que até ali ao virar da esquina. Até a eléctrica Diana ou até o proto-gay Carlos se safaram melhor no espectáculo desta noite, de solidariedade para com as vítimas do temporal na Madeira.