30.1.09

Um post sério

Queria ter a capacidade para escrever aquelas merdas inteligentes que os profetas e senhores dos blogues todos os dias publicam nos seus espaços. Sinto que não fui feito para isso. Estou para a escrita como aquele senhor do cabelo espetado que fala de manhã no programa da Fátima Lopes está para a heterossexualidade. As únicas letras às quais vou conseguindo pôr cobro são as do banco para pagar as obras na piscina, de resto sinto-me um buseiro à procura de sobreviver nas águas empestadas do Rio Alviela, ou de qualquer outro de iguais características visuais e olfactivas. Sou, por assim dizer, um homem fora do seu tempo, um retornado da colónia das ideias, um escritor sem palavras nem arte para as inventar.

Por isso muitas vezes me sinto obrigado a socorrer-me de termos geralmente ausentes do vocabulário corrente dos abastados intelectos que se dedicam à leitura deste diário. São os resultados de uma inquestionável falta de capacidade e curteza de vistas, que acabam quase sempre por me fazer resvalar para essas indignidades. Reitero o meu pedido de desculpas a quem possa sentir-se perturbado com tais aleivosias, para não dizer insídias, e renovo o convite para que por cá passem sempre. Acreditem que no peito dos desafinados também bate um coração.

3 comentários:

Pax disse...

Quando descobrir o significado de "aleivosias" e "insídias" volto.

Ah! E "abastados intelectos que se dedicam à leitura deste diário" Também ;)

Bruno disse...

Pax,
foi apenas a tentativa de escrever um post sério, como se escreve nesses blogues bué inteligentes. Mas como se reparou, não levo jeito para essas cenas. Daqui a uns tempos faço nova tentativa.

Pax disse...

Se era para ser sério (not!)... pelo menos com a minha leitura não consegues essa proeza de interpretação, que tenho o hábito de levar (quase) tudo para a brincadeira e também não me chateio por ser assim :)